Registo | Contactos

O que é a Demência do tipo Alzheimer?

05 Set 2018 - 16h20 - 2.606 caracteres

A demência em geral caracteriza-se pelo desenvolvimento de défices cognitivos múltiplos (ex.: diminuição da memória) devido a:

  1. estado físico geral
  2. efeitos persistentes de uma substância
  3. múltiplas etiologias

 

A Demência do tipo Alzheimer é uma demência degenerativa.

A Demência do tipo Alzheimer inclui uma diminuição da memória e pelo menos uma destas:

  1. afasia (processamento da linguagem, capacidade de falar e de compreender outras pessoas, nalguns casos também a leitura e a escrita)
  2. agnosia (capacidade de reconhecer objectos, pessoas, sons e formas como a própria imagem no espelho)
  3. apraxia (capacidade em executar movimentos e gestos precisos)
  4. perturbação na capacidade de execução (planeamento, organização, sequenciamento e abstracção)

 

Existem quatro tipos de Demência do tipo Alzheimer:

  1. com início precoce (antes dos 65 anos)
  2. com início tardio (depois dos 65 anos)
  3. sem perturbação do comportamento
  4. com perturbação do comportamento

 

O tratamento psiquiátrico da Demência do tipo Alzheimer consiste em anticolinesterásicos ou inibidores da acetilcolinesterase e antagonista dependente de voltagem de receptores (NMDA).

O tratamento psicológico actua sobretudo na sintomatologia depressiva e ansiosa do paciente e respectivos cuidadores, bem como:

  1. adaptação/organização do espaço e agenda/ rotinas quotidianas com calendários, relógios, luzes de presença e objectivos conhecidos e relevantes de forma a evitar a desorientação espacial e temporal e promover um ambiente previsível e estruturado
  2. exercícios de linguagem, memória, atenção, concentração, leitura e escrita como sopa de letras, puzzles, jogos de encaixes, jogos de tabuleiro
  3. actividades de diminuição da agitação como animais de estimação, dança, caminhadas, música de relaxamento, massagens, meditação, snoezelen – estimulação sensorial num ambiente confortável

 

De forma a não sobrecarregar uma só pessoa, deve existir sempre mais do que um cuidador informal (família, amigos, vizinhos) para cada doente e privilegiar sempre a permanência no ambiente familiar.

 

Marta Pimenta de Brito (Psicóloga)


© 2018 - Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva


Marta Pimenta de Brito

Membro efectiva da Ordem dos Psicólogos Portugueses com 3 especializações:

1. Psicologia clínica e da saúde

2. Psicologia do trabalho, social e das organizações

3. Psicogerontologia

Licenciada pela Universidade do Porto em Psicologia – consulta de jovens e adultos

Doutorada pela Universidade de Zurique (Suíça) em acesso à saúde mental

Pos-doutorada pela Universidade de Harvard (EUA) em retenção de pacientes

Formação executiva em comunicação, média e advocacy em Harvard (EUA) e Bruxelas (Bélgica)

Elegida por Bruxelas (Bélgica) como uma das “best Spokesperson Europe”

Autora do blogue: https://martapimentadebrito.wordpress.com/


Veja outros artigos deste/a autor/a.
Escreva ao autor deste texto

Ficheiros para download Jornais que já efectuaram download deste artigo