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A interdisciplinaridade no estudo e conservação dos cetáceos

15 Abr 2013 - 12h29 - 2.300 caracteres

Entre 8 e 10 de abril decorreu em Setúbal a 27ª Conferência Europeia de Cetáceos, organizada pela Escola de Mar, APCM, RNES – ICNF e pela Sociedade Europeia de Cetáceos.

A esta conferência foram submetidos nos últimos meses 385 resumos científicos, o que resultou num total de 75 comunicações orais e 230 apresentações de posters durante os três dias da conferência. Nesta que foi a terceira vez que Portugal recebeu o evento participaram cerca de 500 participantes de 26 nacionalidades atentos ao tema "Abordagens Interdisciplinares para o estudo de mamíferos marinhos”.

O objetivo principal foi o de combinar temas ecológicos e biológicos com disciplinas emergentes, tais como a história ambiental marinha e a ecologia histórica, a cultura do mar, a biodiversidade marinha e a sua economia. Desta forma, considerou-se ser possível obter uma melhor e mais abrangente compreensão de como as espécies de mamíferos marinhos utilizam o seu ecossistema e se relacionam com a presença humana nos seus habitats.

Os seres humanos têm, ao longo do tempo, interferido bastante no meio marinho e na vida e habitat dos mamíferos marinhos. Atividades com efeitos diretos sobre estes animais como as seculares atividades de caça, até aos numerosos efeitos indiretos como as mais recentes interações com as pescarias, a poluição e degradação de habitat, têm sido uma constante em inúmeros ecossistemas costeiros e oceânicos um pouco por todo o mundo.

No decorrer da conferência foram apresentados e debatidos estudos nacionais e internacionais e foram sugeridas novas medidas de conservação. Um dos principais resultados foi a referência a uma dificuldade em reunir, desde o ensino superior até à investigação, algumas das disciplinas necessárias para uma compreensão completa destes animais. Esta é uma lacuna, na união de ciências distintas e disciplinas tradicionalmente separadas visando agora um fim comum, que se espera vir a colmatar nos próximos anos. Na verdade, os esforços consistentes indicam que a ciência que estuda os mamíferos marinhos segue na direção certa.

Há, assim, da parte da comunidade científica, que visa igualmente a educação do público em geral, uma responsabilidade acrescida em assegurar que todos os esforços são colocados na conservação do meio marinho e das espécies que nele vivem.

 

Cristina Brito e Vera Jordão

Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

 

 

Escola de Mar

É uma iniciativa individual, privada, vocacionada para o estudo, a investigação, a aprendizagem, a consciencialização e a divulgação de conhecimentos sobre o meio marinho e a interface terra/mar.

As nossas linhas de orientação baseiam-se nos seguintes objetivos:

  • Obter conhecimentos sobre os animais marinhos e os ecossistemas onde se inserem;
  • Aproximar crianças e jovens ao meio marinho em todas as suas vertentes;
  • Estabelecer políticas de conservação e uma divulgação fundamentada e atualizada sobre os assuntos de meio marinho;
  • Estimular o espírito criativo sobre a presença e importância do mar nas sociedades humanas;
  • Aumentar a consciência ambiental e ecológica dos cidadãos para a importância das zonas protegidas e para a conservação do mar e do meio ambiente.

Mais informações: www.escolademar.pt /  info@escolademar.pt

 

Associação Para as Ciências do Mar                                                                    

Esta Associação, sem fins lucrativos, foi criada em 2009 com a missão de promover a investigação científica, conservação e divulgação do meio marinho. Conta com a colaboração de investigadores, estudantes e voluntários de diferentes áreas, desde a biologia e ecologia à história e engenharia, todos eles com a vontade e o objetivo de contribuir para um maior conhecimento dos oceanos de modo a preservá-los para as gerações futuras. A Associação para as Ciências do Mar pretende colaborar ativamente e estabelecer parcerias com diferentes orgãos da sociedade de carácter relevante para a temática dos Oceanos, como sejam ONG’s, universidades ou investigadores nacionais e internacionais e comunidades locais.

Mais informações pelo e-mail: associacao.cienciasdomar@gmail.com

http://www.facebook.com/associacaoparaascienciasdomar


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Cristina Brito

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