Quando um cometa não é um cometa?
Apenas se consegue ver a olho nu, em média, um cometa por ano a cruzar o céu. Se tivesse tido muita sorte poderia ter visto um por si próprio e nesse caso, esta fotografia ser-lhe-ia familiar. Mas por muito que pareça um cometa, este objeto surpreendeu os astrónomos quando se revelou ser um simples asteróide!
Asteróides são fragmentos de rocha que resultaram da formação do sistema solar há milhares de milhões de anos. Da Terra parecem pequenos pontos de luz a mover-se à volta do céu noturno. Muitos deles, tal como o da imagem, localizam-se entre Marte e Júpiter numa região chamada Cintura de Asteróides.
Por outro lado, os cometas encontram-se principalmente nos confins do sistema solar. Por vezes, um cometa aproxima-se mais do Sol. Quando isto acontece, dá-nos um espectáculo absolutamente fantástico!
Os cometas são formados por rocha, poeiras e gelo. Se se aproximarem demasiado do Sol, o calor vai evaporar algum do gelo criando a fantástica “cauda” que pode ser vista à medida que o cometa viaja atravessando o céu noturno.
Podemos ver uma cauda como a de o cometa na imagem. Mas se os asteróides não são feitos de gelo, donde vem então a cauda?
Bom, o asteróide está a girar muito rapidamente o que faz com que a sua fraca gravidade “lute” para manter a superfície rochosa unida mas esta está a desfazer-se em pedaços! As seis caudas tipo cometa que fluem atrás do asteróide são na realidade formadas por poeiras e rocha dispersas!
Facto curioso
Até agora cerca de 100 a 1000 toneladas de material proveniente do asteróide foram perdidos. Isto é cerca de quatro vezes o peso da Estátua da Liberdade!
Créditos:
EU Universe Awareness. Versão Portuguesa: Paula Furtado (Nuclio/UNAWE Portugal)
Este artigo é baseado nos Comunicados de Imprensa de Hubble Space Telescope, ESA.
© 2013 - Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva
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