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Há resíduos de medicamentos em ETARs

17 Jun 2014 - 12h58 - 1.854 caracteres

O primeiro estudo integrado nacional para o mapeamento de fármacos no ambiente, a fim de dar cumprimento ao disposto na Diretiva 2013/39/EU, que exige a avaliação dos riscos potenciais para o ambiente dos medicamentos e a implementação de medidas para mitigar danos, realizado por uma equipa de investigadores da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), revelou a presença de resíduos de vários medicamentos em águas de Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETARs) de Portugal (afluentes e efluentes).

O grupo farmacoterapêutico detetado em teores mais elevados foi o grupo dos anti-inflamatórios, seguindo-se os antidislipidémicos, os antibióticos e, por último, os ansiolíticos, evidencia o estudo "ECOPHARMAP", cofinanciado por fundos europeus, pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pelo programa Compete. Durante um ano, os investigadores, coordenados pela especialista do Centro de Estudos Farmacêuticos da Universidade de Coimbra Angelina Pena, efetuaram a monitorização de 11 fármacos, pertencentes a 4 grupos terapêuticos, em 15 ETARs de Portugal.

«Apesar de se ter observado uma elevada eficiência de remoção para alguns fármacos, os valores foram variáveis entre os grupos terapêuticos e ao longo do ano», afirma Angelina Pena. Os resultados vão ser apresentados e analisados, no dia 18 de junho, no decorrer do seminário “Emerging Pollutants: Environmental and Public Health Concerns”, que terá lugar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC).

 

Cristina Pinto (Assessoria de Imprensa - Universidade de Coimbra)


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Cristina Pinto / Universidade de Coimbra

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