Portugueses levam ciência a Malta

Entre os dias 20 e 25 de março, vários investigadores portugueses estarão presentes na Conferência Anual da Sociedade Europeia de Cetáceos (http://www.europeancetaceansociety.eu/conference/29th-ecs-conference). Este ano é acolhida pela Universidade de Malta e pela “Biological Conservation Research Foundation” e tem como tema principal “A conservação de mamíferos marinhos – Do local ao global”. A conferência tem como principal objetivo promover ideias e perceções informadas sobre como construir um futuro melhor para os oceanos e para os mamíferos marinhos e, consequentemente para todos nós. Este ano a Escola de Mar, entidade vocacionada para a conservação do meio marinho e para o estudo dos cetáceos em Portugal, está representada pelos biólogos marinhos Vera Jordão, Lese Costa, Francisco Martinho e Andreia Pereira que irão apresentar os trabalhos que têm desenvolvido na área da conservação dos cetáceos, nomeadamente em projetos relacionados com campanhas de sensibilização e educação para a salvaguarda dos golfinhos-roazes do Sado e também em projetos de revisão histórica e monitorização marinha no estuário do Tejo. No primeiro caso trabalha-se para a manutenção de uma população residente ameaçada e com enorme importância conservacionista local e global e no segundo tenta responder-se à pergunta “Os golfinhos estão a voltar ao Tejo?” sendo que, com base  nas fontes históricas e em jornais antigos, não surge nenhuma evidência de no Tejo ter existido uma população residente de golfinhos.  Trabalhando de forma colaborativa e integrada, a Escola de Mar tem vindo a apostar na divulgação da ciência nos oceanos e na sua conservação, tendo já alguns projetos desenvolvidos a ser reconhecidos internacionalmente. Esta conferência, que se realiza há 29 anos e que tem tido a participação de centenas de investigadores de todo o mundo, é um marco na divulgação dos resultados científicos entre os pares e para o público em geral.

Vera Jordão, Escola de Mar