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Universidade do Minho leva a ciência a ex-combatentes, idosos e toxicodependentes

29 Nov 2016 - 14h28 - 3.354 caracteres

Uma equipa da Universidade do Minho está a levar ciência experimental a públicos incomuns, como veteranos de guerra, consumidores de drogas ilegais e idosos em lares, centros de dia e universidades seniores. O projeto foi considerado “inovador” e “com visão de futuro” e teve grande impacto na International Conference on Learning in Later Life, organizada este ano pela rede europeia de educação ao longo da vida ForAge e pela Associação para a Educação e Envelhecimento do Reino Unido, com apoio da Sociedade Britânica de Gerontologia.

A iniciativa tem envolvido várias entidades no Norte, como uma instituição de recuperação de toxicodependentes, uma associação de veteranos de guerra e duas valências do Centro Comunitário Vale do Cávado (Póvoa de Lanhoso). Saber como surge e se previne a arteriosclerose, detetar e identificar constelações à noite, fazer recifes de coral em croché, construir relógios de Sol e ir aos laboratórios de Química da UMinho foram algumas ações realizadas.

A equipa distinguida da UMinho inclui Alexandra Nobre, da Escola de Ciências, e Clara Costa Oliveira, Chisoka Simões, Eugénia Cunha, Sílvia Coelho e Alice Alves, do Instituto de Educação. O projeto está ligado ao mestrado em Educação - especialidade de Educação de Adultos e Intervenção Comunitária (MEEAIC), ao grupo de comunicação de ciência STOL - Science Through Our Lives e ao Centro de Biologia Molecular e Ambiental.

 

Apostar na ciência experimental

 

“A UMinho forma educadores não formais de adultos há mais de 25 anos. Em 2014 decidimos introduzir a ciência experimental numa lógica de aumentar a literacia científica dos referidos públicos-alvo e de diferenciar os modelos de animação, por vezes associados a preconceitos de diferente natureza”, refere Alexandra Nobre. “O STOL deu formação específica na área das ciências e os alunos do MEEAIC, que detêm saber e métodos de abordagem prática com estes públicos, colocaram em prática as ações no terreno” acrescenta.

Alexandra Nobre realça que a iniciativa cumpriu os objetivos de divulgar conceitos de ciência, de potenciar a interação entre gerações, de incentivar os utentes das instituições para projetos e de criar dinâmicas de comportamentos ativos, sobretudo no raciocínio e na motricidade fina. As atividades foram alvo de avaliação contínua (observação participante, conversas informais, questionários) e vinculadas à Declaração de Nairobi para a educação ao longo da vida. Isso foi também salientado na conferência internacional em Milton Kaynes, Reino Unido, onde a equipa portuguesa foi elogiada.

 

Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem - Universidade do Minho


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