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Subida do nível do mar

10 Dez 2016 - 19h11 - 2.487 caracteres

Investigadores da Universidade do Algarve definem novo indicador para a reconstituição do nível do mar.

 

Investigadores do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve acabam de publicar um artigo na conceituada revista Scientific Reports da Nature, intitulado “Coastal barrier stratigraphy for Holocene high-resolution sea-level reconstruction”. Este trabalho de investigação, que consistiu na reconstituição do nível do mar, utilizando depósitos de praia e duna, contribuirá para o conhecimento da sua variabilidade nos últimos 7 mil anos, no sudoeste da Europa.

Através da análise da estrutura interna de uma barreira de areia costeira (Península de Troia), utilizando métodos geofísicos, foi possível retirar imagens da organização interna das camadas de sedimento que essas barreiras formam. As imagens mostram a variabilidade morfológica preservada na barreira de areia ao longo do tempo.

Após esta análise foi possível constatar que a taxa de subida do nível do mar foi relativamente constante desde há 6500 anos até ao século XX, o que contraria a teoria de outros autores.

Segundo o grupo de investigadores, coordenado por Susana Costas “observou-se que a taxa de subida do nível do mar observada, 0.31mm/ano, desde há aproximadamente 6.500 anos foi relativamente constante até aos últimos anos do seculo XX, quando, de acordo com outros autores, subiu de aproximadamente 1.69mm/ano”. Os investigadores constataram, assim, que “esta diferença na subida do nível do mar de aproximadamente 1.38mm/ano pode estar relacionada com o aquecimento global recente”.

A curva do nível do mar que o grupo do CIMA e da East Carolina University elaboraram constitui um avanço científico significativo dada a sua elevada resolução na compreensão das mudanças do nível do mar para o período referido e possibilitará a melhoria do presente modelo isostático. Contribuirá também, para a elaboração de futuros trabalhos de arqueologia ou evolução paleoambiental das zonas costeiras.

 

Gabinete de Comunicação – Universidade do Algarve


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