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Consórcio de cientista português vence projeto milionário do Conselho Europeu de Investigação

24 Out 2018 - 18h21 - 2.593 caracteres

Edgar Gomes, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM; Portugal) integra consórcio de 3 laboratórios europeus que venceram um projeto ERC Synergy atribuído pelo Conselho Europeu de Investigação (European Research Council, ERC), no valor de 10 milhões de euros por seis anos e anunciado esta semana. Esta modalidade de financiamento suspensa desde 2013 está desenhada “para tornar possíveis colaborações cientificas não convencionais”. Ao lado de Edgar Gomes integram o projeto o investigador coordenador Michael Way (The Francis Crick Institute, Reino Unido) e também a investigadora Carolyn Moores (Birkbeck College, University of London, Reino Unido) e pretendem agora estudar os processos fundamentais do desenvolvimento, estrutura e fisiologia do músculo. É a primeira vez que um projeto ERC Synergy é atribuído a um grupo de investigação em Portugal.

“A dinâmica do esqueleto das células, critico para os processos integrados de desenvolvimento, operação e sustentabilidade do corpo humano é conferida por um complexo de moléculas designado por complexo Arp2/3”, começa por explicar Edgar Gomes. O laboratório de Edgar Gomes e o laboratório de Michael Way mostraram anteriormente que este complexo é essencial para o correto desenvolvimento do músculo. O objetivo agora é expandir este conhecimento e determinar o papel destas moléculas não só no processo de desenvolvimento, mas de estrutura e fisiologia do músculo. “Este projeto vai permitir formar uma equipa multidisciplinar que vai trabalhar em conjunto para percebermos como é que o citoesqueleto das células funciona a nível molecular, celular e fisiológico", explica o investigador português. Cada laboratório receberá agora cerca de 3,5M€ por seis anos.

Sobre a importância deste financiamento os investigadores afirmam: “Este esquema de financiamento ERC Synergy do Conselho Europeu de Investigação proporciona uma oportunidade única para nós trabalharmos em conjunto. A nossa estreita colaboração permitirá entender como as células regulam não apenas sua a forma, mas como interagem umas com as outras, permitindo obter pistas sobre uma ampla gama de doenças”.

 

iMM


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Gabinete de Comunicação – Instituto de Medicina Molecular (iMM)

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