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Tecnologia pioneira para aumentar a competitividade dos sectores do vinho e do azeite

17 Jun 2013 - 13h35 - 2.500 caracteres

Aumentar a produção e melhorar a qualidade do vinho e do azeite nacionais, tornando-os mais competitivos nos mercados internacionais, e preservar as castas em vias de extinção e variedades nacionais relevantes (Galega) é o que pretende a QualityPlant, a mais recente Spin-Off da Universidade de Coimbra (UC).

O projeto, já premiado como melhor ideia de negócio e melhor prova de conceito no concurso nacional de empreendedorismo Arrisca C, é pioneiro no país na preservação e propagação de espécies agroflorestais, à escala empresarial.

Apostando em métodos de cultura in vitro (técnicas de clonagem) para preservação e propagação de plantas, muito mais rápidos e eficazes do que os convencionais, a tecnologia da QualityPlant – Investigação e Produção em Biotecnologia Vegetal, Lda, permite «não só garantir a produção de plantas de elevada qualidade fitossanitária, mas, essencialmente, assegurar a redução dos custos de produção para os viveiristas/agricultores, associados à eliminação de pragas ou doenças, e melhorar a sua produtividade, valorizando os produtos nacionais e estimulando a economia portuguesa com produtos mais competitivos, também a nível mundial», afirmam as fundadoras da Spin-Off, Elisa Figueiredo e Mónica Zuzarte.

Outra grande aposta da QualityPlant, é a criação de um banco de germoplasma – GermplasmBank (conservação do património genético das plantas), um “seguro de vida” das plantas onde os produtores podem “guardar” o germoplasma das suas variedades mais promissoras, garantindo a sua preservação e futura utilização, p. ex., em casos de perdas naturais (cheias, secas, pragas)..

As técnicas de cultura in vitro garantem a uniformidade do património genético das plantas e permitem obter um elevado número de plantas de qualidade superior num espaço de tempo relativamente curto. Por isso, a tecnologia da QualityPlant vai «colmatar diversas limitações da propagação convencional (estacaria e sementeira), nomeadamente a morosidade e insucesso do processo de enraizamento na propagação vegetativa por estacaria (ex: culturas de oliveira e citrinos), a contaminação de muitas espécies por agentes patogénicos (vírus da tristeza dos citrinos, podridão negra da videira, tuberculose da oliveira, etc.) e necessidade de grande espaço físico (ex: espécies arbóreas)», concluem as investigadoras da UC.

Por outro lado, a preservação de germoplasma de variedades nacionais com potencial económico é uma aposta inovadora e pretende ser esta a grande mais-valia da recém-criada empresa.

 

Cristina Pinto (Assessoria de Imprensa - Universidade de Coimbra)

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